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Capital é a primeira a confeccionar e implantar prótese transfemural pelo SUS no País

Em um marco para a saúde pública brasileira, Campo Grande se tornou a cidade pioneira na confecção e implantação da primeira prótese transfemural (amputação entre quadril e joelho) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país

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Gabriel Telê Santana
(Foto: Divulgação/ Campo Grande)

Em um marco para a saúde pública brasileira, Campo Grande se tornou a cidade pioneira na confecção e implantação da primeira prótese transfemural (amputação entre quadril e joelho) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no país. O Centro Especializado em Reabilitação (CER) da APAE foi responsável pela confecção da prótese, enquanto o paciente beneficiado também é residente no município. O CER/APAE recebe o apoio da Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), que realiza a contratualização e custeio dos serviços.

A confecção da prótese utilizou a técnica Direct Socket, desenvolvida pela renomada empresa Össur, da Islândia, referência mundial em próteses e tecnologia assistiva. Embora a técnica já seja empregada pela instituição desde 2020 para a confecção de próteses transtibiais (amputação entre joelho e tornozelo), esta é a primeira vez que ela é aplicada para uma prótese transfemural.

O aposentado Walter Dias Martins, que perdeu a perna há cerca de 11 anos devido a um acidente de trânsito, é o primeiro paciente a receber uma prótese transfemural. Ele expressa sua esperança e expectativa em relação à nova prótese: “Eu tive experiência com outras quatro próteses confeccionadas com diferentes materiais, mas o processo de adaptação foi sempre muito doloroso. Agora estou bastante esperançoso de que com essa nova prótese eu consiga ter uma melhor qualidade de vida. É um avanço muito grande”, destaca Walter.

Adriana Maria de Oliveira, supervisora da oficina ortopédica da APAE, explica que a avaliação das necessidades do paciente é feita de forma individualizada. “Cada paciente possui uma necessidade específica, portanto é necessário realizar uma análise prévia para determinar o tipo de material e técnica mais adequada. No caso desse paciente, foi possível adaptar a técnica para obter melhores resultados”, explica Adriana.

O objetivo da utilização da técnica Direct Socket é proporcionar aos pacientes materiais de melhor qualidade e maior precisão, reduzindo a necessidade de retornos à unidade de saúde. Em comparação com o processo tradicional de protetização, o tempo e a frequência das avaliações e medidas são menores com o sistema Direct Socket.

A escolha do sistema, assim como dos demais materiais dispensados, segue critérios de avaliação, em que o técnico ortopédico analisa e seleciona o sistema mais adequado para cada paciente.

O secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, destaca que mais esta conquista representa um avanço significativo no acesso a tecnologias assistivas de qualidade pelo SUS, promovendo uma melhora na qualidade de vida e na mobilidade dos pacientes que necessitam de próteses transfemurais.

“Parabenizamos ao CER/APAE pelo brilhante trabalho que vem sendo realizado, e reafirmamos o nosso compromisso em garantir assistência integral e inclusiva à população, investindo em inovação e capacitação para oferecer tratamentos cada vez mais eficazes e humanizados”, finaliza.

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