Campo Grande adere a movimento para aumentar cobertura vacinal
Projeto “Retomada das Altas Coberturas Vacinais" tem três eixos Vacinação, Sistemas de Informação e Comunicação e Educação
Foi lançado nesta terça-feira, 7, a “Retomada das Altas Coberturas Vacinais”, coordenado por Bio-manguinhos/Fiocruz (Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) e apoiado pelo Ministério da Saúde, como o objetivo de apoiar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) através de três eixos temáticos: Vacinação, Sistemas de Informação e Comunicação e Educação. O evento marca o início das atividades da Fiocruz Mato Grosso do Sul.
Presente na abertura, o secretário municipal de Saúde, Dr. Sandro Benites, destaca que a importância de conscientizar a população a respeito da vacinação e buscar alternativas para ampliar a cobertura vacinal.
“Tivemos queda no índice vacinal de doenças como, febre amarela, tuberculose, caxumba e até mesmo Covid-19. Por isso, é necessário fazermos essa discussão sobre a cobertura vacinal e pensar estratégias para reverter esse cenário”, enfatiza.
Conforme o secretário, uma das iniciativas que está sendo estudada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) é a realização de ações itinerantes para a vacinação dos alunos das escolas do município. ” É necessário um esforço conjunto para voltarmos a vacinar as crianças dentro das escolas. Algo que já estamos alinhando com a Secretaria de Educação e que em breve colocaremos em prática”, comentou.
Por fim, ele lembra que é necessário a mobilização de toda a população. “Vamos vacinar novamente e salvar vidas. A prevenção sempre foi a solução. Uma maneira simples, eficaz e barata”, destaca.
Assim como todos os municípios do país, Campo Grande também tem percebido uma queda na cobertura de vacinação nos últimos anos, principalmente em crianças menores de um ano de idade, grupo em que há a recomendação do Ministério da Saúde para acompanhamento intenso.
Um exemplo disso é a vacina contra a febre amarela, que, por Mato Grosso do Sul estar em área endêmica da doença, há a preconização de cobertura de 100% do público. No último ano, a cobertura consolidada deste imunizante foi de exatamente 80%, a menor desde 2017, superando inclusive o ano anterior, 2021, quando atingiu o número de 80,42%.
A vacina contra a Poliomielite, por exemplo, que houve campanha no ano passado, fechou o ano com cobertura de 81,96%, enquanto a preconização do Ministério é de 95%. Nos anos anteriores, a vacina VIP apresentava uma cobertura de 85,95%, 85,7%, 84,6%, 82,7%, 78,27% nos anos de 2017, 2018, 2019, 2020 e 2021 respectivamente.
A queda nas coberturas vacinais é um problema global. A Organização Mundial da Saúde definiu a hesitação vacinal como um dos 10 maiores problemas de saúde pública em 2019, sendo agravada pela pandemia da Covid-19.
No Brasil, as coberturas vacinais estão em queda há mais de 5 anos e com menor índice das últimas 3 décadas. Compreender os motivos da hesitação é fundamental para que os gestores da saúde possam definir estratégias buscando alavancar esses índices e evitar que doenças já erradicadas voltem a causar surtos
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