Câmara de Campo Grande aprova criação da Semana da Educação Financeira
Projeto busca formar cidadãos conscientes sobre uso do dinheiro e planejamento econômico

Durante a 56ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Campo Grande, realizada no dia 7 de outubro, os vereadores aprovaram o projeto de lei da vereadora Ana Portela que institui a Semana Campo-grandense da Educação Financeira. A proposta tem como objetivo promover ações voltadas ao uso consciente do dinheiro, planejamento financeiro e formação econômica dos jovens.
Ao defender a aprovação da matéria, Ana Portela destacou a importância de incluir a educação financeira como conteúdo básico nas escolas, comparando-a a disciplinas essenciais como português e matemática.
“A matéria de educação financeira deve ser básica dentro da escola. Hoje o jovem sai sabendo escrever e calcular, mas não sabe o que fazer com o dinheiro que passa na mão dele”, afirmou a vereadora.
Ela ressaltou que boa parte da população desconhece conceitos fundamentais que impactam diretamente a vida financeira.
“O jovem hoje não sabe, assim como boa parte da população, o que é o IOF, o que são juros compostos e por que se paga imposto de renda. Aí o governo vai lá e aumenta o IOF, e as pessoas acham que isso não impacta em nada, quando, na verdade, impacta em tudo: na compra, no crédito e na economia do dia a dia”, destacou.
Durante seu discurso, Ana Portela também criticou a defasagem da tabela do Imposto de Renda e questionou medidas do governo federal.
“Nós vimos a Câmara dos Deputados aprovar a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5 mil. Sou totalmente favorável, porém precisamos dizer a verdade. Não há atualização da tabela desde 2015, e foi o próprio ministro Haddad quem disse que não atualizar é pura vagabundagem. Ou seja, é uma medida eleitoreira”, afirmou.
A vereadora reforçou que a falta de conhecimento financeiro retira da população autonomia sobre seus recursos.
“A população que não tem esse conhecimento acaba deixando o governo dizer o que é bom ou não fazer com seu recurso. Quero que essa matéria esteja nas escolas como política pública de verdade, para trazer liberdade financeira à população”, disse.
Encerrando sua fala, Ana Portela pediu o apoio dos colegas à proposta e ressaltou a importância de orientar os jovens.
“O jovem precisa sair da escola sabendo o que fazer com o dinheiro — e também sabendo que investir em ‘tigrinho’ não é bom para ele”, completou.
Com a aprovação em plenário, o projeto segue agora para sanção da prefeita Adriane Lopes (PP).
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