Bota, chapéu e tradição: com apoio do Governo começa a 30ª Copa do Laço em Campo Grande
Reconhecido como patrimônio cultural, o esporte atrai laçadores de todas as idades, conectando gerações em torno de uma prática que combina técnica, precisão e paixão.
A 30ª Copa do Laço teve início na quinta-feira (12), no Parque do Laçador, em Campo Grande, com arquibancadas lotadas e olhares atentos a cada cavaleiro que adentrava a arena. A cerimônia de abertura contou com a presença do governador Eduardo Riedel, que destacou a importância do laço comprido como parte da identidade cultural e econômica de Mato Grosso do Sul.
“Não tem como não se emocionar. Assim como hoje, você vai numa festa de Laço ao longo do ano inteiro, é acampamento cheio, criança, mulher, gente, é a cara do Mato Grosso do Sul. É o único local do Brasil que tem essa representatividade através do lançador, através dessa cultura que é esporte, que é economia”, destacou o governador.
Nos próximos dias, mais de mil competidores representando 33 clubes filiados à Federação de Clubes de Laço de Mato Grosso do Sul devem participar das provas. Entre os estreantes, está Ritione Oliveira, de 38 anos, que mora em Jardim e vive a expectativa de competir pela primeira vez:
“Eu laço desde os 11 anos, isso aqui pra nós que somos do ramo da pecuária é uma diversão. Minha filha tem 4 anos e já está aprendendo a montar”, disse ele.
As raízes do laço comprido
O laço comprido tem origem nas atividades dos vaqueiros e peões das regiões rurais do Brasil, sendo uma prática tradicional no Mato Grosso do Sul.
Na técnica, o laçador utiliza uma corda de aproximadamente 12 metros de comprimento, com uma argola na ponta, para arremessar em direção a um boi ou novilho em movimento. O objetivo é laçar o animal pelos chifres, exigindo precisão, destreza e, acima de tudo, sintonia entre o cavaleiro e seu cavalo.
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