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Avô luta por educação inclusiva para netas autistas após perda de professora de apoio

Família foi informada que a professora auxiliar de uma das gêmeas com autismo foi dispensada e por isso a criança não poderia mais frequentar a EMEI

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Ian Netto
A lei garante a presença de professores auxiliares nas escolas (Imagem: Divulgação)

Renato Souza, avô de duas meninas de quatro anos diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), enfrenta uma batalha para garantir a continuidade da educação das netas. As crianças, diagnosticadas ainda bebês, estavam prestes a completar cinco anos quando a família foi informada de que uma das professoras auxiliares, fundamental para o desenvolvimento educacional das meninas, havia sido dispensada. Com isso, uma das gêmeas não poderia mais frequentar a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) a partir de hoje (29), devido à falta de profissionais capacitados.

As gêmeas passam por terapia ABA, método que busca desenvolver habilidades de comunicação e linguagem. Ambas são autistas não verbais, o que significa que não conseguem se expressar verbalmente e, portanto, necessitam de suporte específico para frequentar a escola.

Renato relata que essa não é a primeira vez que as netas são prejudicadas pela ausência de profissionais especializados. “O problema é que, em outras vezes, uma delas já ficou mais de um mês sem professor auxiliar. O andamento das coisas não é como deveria ser. O afastamento da professora auxiliar já era esperado, então a direção deveria ter solicitado a substituição com antecedência, informando a data de início do novo profissional”, desabafa o avô.

O afastamento da professora auxiliar se deu através do decreto publicado no dia 25 de outubro, que garante a redução da jornada de trabalho para mães de crianças atípicas, visto que a mesma é mãe também de duas crianças autistas. 

Em busca de respostas, o avô das gêmeas foi até a EMEI e foi informado através da coordenação que foi enviado um ofício solicitando a substituição da professora dispensada por outra profissional, para dar continuidade nos estudos das crianças. Agora a familia aguarda essa troca, enquanto isso não acontece, a menina de 4 anos permanecerá em casa, visto que necessita de apoio dentro de sala de aula. 

Renato participa ativamente da criação das netas, especialmente enquanto a mãe das meninas se prepara para um concurso público na cidade de Coxim. Insatisfeito com a situação, ele promete ir até a escola para exigir uma solução. “As minhas netas não podem ficar sem assistência e sem educação. Vou conversar pessoalmente com a diretora e a coordenadora para buscar soluções”, afirma Renato.

A equipe do Diário Digital procurou a Secretaria Municipal de Educação (SEMED), mas até o horário de publicação desta matéria não obtivemos respostas. 

 

 

 

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