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"Ato de democracia", descrevem acampados em frente ao CMO

Decisão do STF demanda que acampamentos em frente a quarteis sejam dissolvido em 24h

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Redação
Manifestantes em frente ao CMO em novembro - (Foto: Luciano Muta)

Os acampamentos em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), na avenida Duque de Caxias, em Campo Grande (MS), devem continuar por tempo indeterminado. Na manhã desta segunda-feira, 09 de janeiro, os campistas seguem no local e afirmam “luta pela democracia”. Em contrapartida, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou a dissolução total dos atos. 

Ao Diário Digital, os manifestantes declararam que permanecer em frente ao CMO é “um ato de democracia”. Os acampamentos pacíficos foram instaurados em novembro de 2022 e seguem desde então. No dia 1º de janeiro de 2023, movimento na Duque de Caxias indicava o desmonte dos pontos de resistência.

Acampamentos continuam em frente ao CMO - (Foto: Luciano Muta) 

Ontem, manifestantes furaram o bloqueio feito pela Polícia Militar do Distrito Federal na Esplanada dos Ministérios e invadiram o Congresso Nacional, em Brasília. Os atos são organizados por eleitores que não aceitam a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas em 2022. Ao redor do estado, os protestos contra o presidente eleito por voto popular retornaram.

Manifestantes não aceitam vitória do presidente eleito Lula - (Foto: Luciano Muta)

Na capital, protestantes saíram em carreata da Praça do Rádio Clube, na região central, como forma de apoio aos atos de Brasília. Por volta das 19h30, cerca de 100 manifestantes bloquearam as pistas da rodovia BR-163, saída para Cuiabá, com pneus queimados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF), com auxílio da Concessionária MS Vias, dissolveu o ato às 1h55 desta segunda-feira, conforme informações da PRF. 

Manifestantes bloquearam rodovias com pneus em chamas - (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Desocupação e dissolução - Após os ataques ao Congresso Nacional, o ministro do STF, Alexandre de Moraes deu aos manifestantes o prazo de 24 horas para que os acampamentos sejam desmontados. A decisão foi divulgada por volta de 0h desta segunda-feira (9), horas após manifestantes invadirem as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e provocarem diversos atos de vandalismo.

Conforme o Portal R7, Alexandre de Moraes se refere aos atos como terrorismo. "Absolutamente nada justifica a existência de acampamentos cheios de terroristas, patrocinados por diversos financiadores e com a complacência de autoridades civis e militares em total subversão ao necessário respeito à Constituição Federal", diz Moraes.

Manifestantes invadiram o Congresso Nacional -(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Para a desmobilização dos acampamentos, Moraes determina que as autoridades municipais prestem todo o apoio necessário. "O Comandante militar do QG deverá, igualmente, prestar todo o auxílio necessário para o efetivo cumprimento da medida. Ambos deverão ser intimados para efetivar a decisão, sob pena de responsabilidade pessoal", determina Moraes.

O ministro do Supremo declara ainda que “a Democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas. A defesa da Democracia e das Instituições é inegociável.”

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