Associação emite nota de apoio ao delegado ameaçado por presos na Omertà
A Adepol-MS (Associação de Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul) divulgou nota de apoio ao delegado Fábio Peró que estaria sofrendo ameaças por parte de presos na Operação Omertà. A nota se estende a qualquer agente da Polícia Civil que atue nas investigações e possa sofrer algum tipo de ameaça.
De acordo com a nota, a Adepol-MS vem a público manifestar “total e restrito apoio ao delegado do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) que sofreu ameaça à vida por conta do exercício de suas funções”. A associação aponta que as ameaças foram feitas a partir da atuação do delegado na investigação do grupo criminoso “que seria responsável por execuções já realizadas no Estado”.
A entidade informa também que dará total apoio ao delegado e policiais que venham a sofrer qualquer tipo de “tentativa torpe de impedir o exercício das funções, uma vez que o Estado e os profissionais não deverão jamais curvar-se perante qualquer intenção divorciada da moral da justiça, por menor que seja, de intimidar os que atuam sob o manto da Lei e do Estado Democrático de Direito”.
No dia 1º o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), alegou que presos na Operação Omertà estariam planejando atentado contra a vida do delegado que atua nas investigações. Os promotores entraram com pedido de medida cautelar.
Os promotores reforçam a importância de que seja mantida a prisão preventiva dos investigados, uma vez que o Gaeco teria a informação de que “presos custodiados no Centro de Triagem estariam articulando um possível atentado contra a vida” do delegado que participou das investigações.
Operação Omertà - O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros) e o Gaeco, com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.
A Operação Omertà tem como foco uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogos de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes. A ação concentrada é consequência das investigações desmontaram a organização criminosa que seria chefiada por Jamil Name e Jamil Name Filho.
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