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Após paralisação surpresa, Câmara estuda criar Fundo de Mobilidade

Vereadores identificaram atrasos de quatro meses nos repasses relativos ao passe do estudante, por parte do poder público

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Redação
(Foto: Arquivo/DD)

Após a paralisação surpresa realizada na manhã desta quarta-feira (22) pelos trabalhadores do Consórcio Guaicurus, que administra o transporte coletivo de Campo Grande, o presidente da Câmara Municipal, vereador Epaminondas Neto, o Papy, convocou uma reunião de emergência com a Comissão Permanente de Transporte e Trânsito da Casa de Leis para discutir mecanismos que amenizem a crise instaurada no serviço. O encontro avaliou os impactos da paralisação e discutiu soluções imediatas para garantir que a população não seja novamente prejudicada.

Durante a reunião, ficou definido que a Câmara vai dar celeridade à elaboração de um Projeto de Lei que cria o Fundo Municipal de Mobilidade e Trânsito, iniciativa que visa assegurar previsibilidade dos repasses e um novo modelo de financiamento do transporte público na Capital. Além do presidente Papy, o encontro reuniu os vereadores Dr. Lívio, presidente da Comissão, além dos membros Ana Portela, Herculano Borges e Silvio Pitu, e os parlamentares Professor Riverton, Leinha, Wilson Lands e Ronilço Guerreiro, além do Procurador Fernando Pinese, Chefe de Gabinete da Presidência da Casa de Leis.

Segundo o divulgado, os vereadores identificaram atrasos de quatro meses nos repasses relativos ao passe do estudante, por parte dos Executivos Municipal e Estadual, totalizando um montante de aproximadamente R$ 9,5 milhões, o que atrasou o pagamento do vale dos funcionários do Consórcio Guaicurus, culminando na paralisação. “O Consórcio notificou a falta de repasses em setembro e outubro, e todos os documentos foram encaminhados pela Casa às autoridades competentes, como Ministério Público, Prefeitura e Governo do Estado. A Câmara vem fazendo o seu papel, mas é necessária uma resposta mais enérgica em prol dos usuários. Vamos pedir uma reunião com a prefeita, o consórcio e o sindicato, porque o cidadão não pode continuar sendo penalizado”, completou Papy.

 

(Foto: Izaias-Medeiros/Câmara Municipal)

A criação do Fundo Municipal de Mobilidade e Trânsito é uma das medidas estruturais que a Câmara pretende acelerar nas próximas semanas. O projeto prevê que parte da arrecadação de multas de trânsito, estacionamentos regulamentados e outras fontes de receita possa compor um fundo permanente para custear o sistema de transporte público, garantindo estabilidade financeira e eficiência nos repasses.

Com o novo instrumento, a Câmara Municipal busca auxiliar na construção de mecanismos que consolidem um modelo sustentável de financiamento, assegurando que crises como a de hoje não se repitam. “Campo Grande precisa de planejamento e responsabilidade na gestão da mobilidade. A Câmara vai continuar sendo ponte de diálogo e cobrança, sempre ao lado da população”, concluiu o presidente Papy.

(Fonte: Assessoria de imprensa da Câmara da Capital)

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