Aluna do IFMS cria aplicativo que auxilia familiares no tratamento de autismo

O Campus de Três Lagoas do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) desenvolveu aplicativo por meio da Iniciação Científica e Tecnológica. O projeto, nomeado "Stims" é voltado a ajudar pais ou responsáveis no cuidado de pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estima-se que existam dois milhões de portadores do transtorno no Brasil, sendo a maior incidência em pessoas do sexo masculino.

A estudante Gabriela Mira Martins, de 18 anos, com a orientação do professor de Informática/Desenvolvimento Web da unidade, Douglas Toledo, envolveu-se diretamente na criação do aplicativo, que conquistou diversos prêmios em eventos locais, estaduais e nacionais.

Partindo das dificuldades enfrentadas por aqueles que estão presentes no dia a dia da pessoa autista, a ideia revoluciona trazendo um projeto voltado especialmente a essas pessoas, ajudando-as a entender os processos iniciais do tratamento e a necessidade de apoio constante.

Já premiado nas Feira de Ciência e Tecnologia de Três Lagoas (Fecitel) e Feira de Tecnologia, Engenharias e Ciências (Fetec/MS), o "Stims" recebeu o terceiro lugar na categoria “Ciências Exatas e da Terra – Computação”, da edição 2021 da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), realizada de forma virtual em outubro e, com isso, ganhou uma credencial para participar da Feira Nacional de Ciência e Tecnologia do Colégio Dante Alighieri (Fenadante) em São Paulo (SP).

Gabriela, que conclui o curso técnico integrado em Informática na instituição em julho deste ano, concebeu o projeto pela experiência de conviver com sua irmã autista. A aluna ingressou recentemente no curso de Engenharia da Computação, também do Campus Três Lagoas, garantindo a continuidade do projeto, que agora passará por testes formais junto com o público interessado.

“Os responsáveis muitas vezes não são preparados para receber o diagnóstico, nem instruídos a como proceder com o tratamento, o que de certo modo acaba por atrasar o desenvolvimento do paciente. A plataforma busca auxiliar no entendimento do autismo, de forma simples e clara, ajudando na adaptação da rotina e conhecimentos básicos de como proceder em determinas situações, além de dar suporte ao tratamento. O intuito é facilitar a obtenção de habilidades como interação social e aprendizagem, entre outras”, afirma Gabriela.

Entre as funções disponíveis no aplicativo, até o momento, estão o cadastro e o cronograma de atividades para a pessoa com TEA e orientações sobre o transtorno.

(Com informações da Assessoria de Comunicação do IFMS)