Adeus a Ciro de Oliveira: Mato Grosso do Sul perdeu umas das maiores referências culturais
Amigos relembraram seu amor pela música e rigorosidade em entregar um trabalho de excelência


Familiares, amigos e colegas de profissão prestaram as últimas homenagens ao jornalista Orsirio de Oliveira, mais conhecido como Ciro de Oliveira, 73 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira, dia 12, em Campo Grande após sofrer parada cardíaca.
Ciro trabalhava como editor editor na TV MS Record há 14 anos. Nos corredores da empresa era conhecido por seus looks, um tanto quanto colorido e por suas produções sempre criativa. Documentário realizado sobre a vida do jornalista, disse que sua brincadeira favorita quando criança era ouvir música. “Meu brinquedo favorito era a vitrola da mamãe”.

Fernando Blank conheceu Ciro através da rádio, ele ouvia todos os dias o radialista e acabou se tornando colega de profissão. “ Ciro sempre foi carinhoso com seus ouvintes, fomos amigos por anos. A morte do meu grande amigo é uma perda irreparável para comunicação do Mato Grosso do Sul e para a cultura sul-mato-grossense. Ele era um conhecedor da cultura regional, um especialista em descobrir talentos”, afirmou.

Amigo continua dizendo que Ciro era conhecido por seu jeito “rigoroso”, nas edições e na redação, entregava um trabalho de excelência.
Eva Maria Nonato amiga do comunicador há mais de 50 anos. “Mato Grosso do Sul perde um ícone da cultura, Ciro será sempre lembrado pelo amor a música e as pessoas. Ele era sensível e ao mesmo tempo sincero, era um figura irreverente. Conheci o Ciro aos 12 anos, quando ele começou a mostra seu amor pela música, lembro dos bailes no Surian. Sempre falava para ele ”Você é uma parte de Ney Mato Grosso, pela boa alma e pela sinceridade", finalizou.
HISTÓRIA:
Em Mato Grosso do Sul, o profissional foi pioneiro no rádio e na televisão. Ciro começou no jornalismo como "sonoplasta" na Rádio Educação Rural em 1968, pelas mãos de Ailton Guerra. Ele trabalhou com Sabino Presa, Durvalino, Juca Ganso e João Bosco de Medeiros.
Em 1974 Ciro de Oliveira foi para a Difusora, levando com ele Éder Mosciaro, radialista e músico. Na época, foi colega de Antônio Mário, que tocava no conjunto do Rádio Clube e de Wilson Minossi.
Já em seguida, Ciro se envolveu com o jornalismo do rádio, colhendo preciosas notícias do interior, numa época em que era verdadeira batalha fazer interurbano. Assim, chegou à TV Morena, onde cumpriu com maestria 25 anos de trabalho. A dedicação à música e ao jornalismo aproximou-o dos festivais, proporcionando-lhe estreita convivência com o movimento cultural do MS.
Assista ao último documentário que fizeram sobre a vida de Ciro. As informações sobre o velório e sepultamento do comunicador ainda não foram divulgadas.
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