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Ações de saúde em presídios prevenem infecções sexualmente transmissíveis

Objetivo: Fornecer diagnóstico precoce e acesso a informações e tratamentos para 285 internas do presídio

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Redação
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(Foto: Divulgação/Governo de MS)

Em uma ação significativa para melhorar a saúde das mulheres encarceradas, o Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ) promoveu uma semana de mutirão para a realização de testes rápidos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A iniciativa, coordenada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), teve como objetivo fornecer diagnóstico precoce e acesso a informações e tratamentos para as 285 internas do presídio.

A ação visou aprimorar a detecção e a prevenção de condições como HIV, sífilis e hepatites virais. Essa estratégia faz parte de um plano mais amplo para controlar e reduzir a propagação dessas infecções, garantindo a saúde e o bem-estar das mulheres detidas.

De acordo com a enfermeira Suellen Alves, responsável pela idealização do mutirão, a iniciativa é essencial para controlar a disseminação de ISTs em ambientes prisionais, onde o risco de contaminação é elevado. "Além disso, oferecemos uma oportunidade crucial para que as internas recebam cuidados adequados e informações precisas sobre saúde sexual e reprodutiva", afirmou Alves.

Durante o mutirão, foram realizados 1.140 exames para detectar HIV, sífilis e hepatites virais, garantindo resultados rápidos para todas as participantes. A Secretaria Municipal de Saúde forneceu os testes e a equipe médica necessária, enquanto a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) contribuíram com conhecimento técnico e treinamento. A Agepen cuidou da logística e da coordenação da ação dentro do presídio.

A programação incluiu quatro palestras e workshops sobre prevenção, transmissão e tratamento das ISTs, com destaque para uma sessão conduzida pelo enfermeiro e doutor em doenças infecciosas Everton Lemos. Essas sessões educativas foram projetadas para aumentar a conscientização e fornecer informações práticas sobre cuidados de saúde e práticas seguras.

Além das palestras, foram distribuídos panfletos e materiais educativos para informar as custodiadas sobre práticas de prevenção e recursos disponíveis para tratamento. A ação contou com a participação de uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, incluindo médicos, psiquiatras, psicólogos e dentistas, e também com o suporte de acadêmicos da UFMS e da UEMS.

Para Mari Jane Boleti Carrilho, diretora do EPFIIZ, a semana de testes rápidos representa um avanço importante na promoção da saúde dentro do sistema prisional. “Ao focar na detecção precoce, educação e acesso a cuidados, os trabalhos visam melhorar a qualidade de vida das internas e criar um ambiente mais seguro e saudável para todas”, finaliza..

As ações de saúde nas unidades prisionais da Agepen são coordenadas pela Diretoria de Assistência Penitenciária, por meio da Divisão de Saúde.

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