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“Abandono total”, dizem agentes após novo conflito em Unei

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Redação
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Durante a entrega de 43 novas viaturas a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, na manhã desta segunda-feira (27), o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, prometeu que a Unei (Unidade Educacional de Internação) Dom Bosco, onde houve uma rebelião no fim da tarde de ontem (26), vai ganhar guarda armada, cerca elétrica e câmeras de monitoramento para reforçar a proteção no local.

A maior Unei do estado que fica na Capital tem sido cenário de conflitos após a fuga de 26 internos, no dia 16 de dezembro. No início de janeiro, o local passou por um pente-fino e ontem, aproximadamente 30 adolescentes quebram cadeados das celas e causaram tumulto depois que, segundo a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública),  uma das visitas foi proibida de entrar no local por não preencher os requisitos exigidos para acesso.

O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado para auxiliar os agentes e o motim foi controlado.

Segundo informações, o problema começou por volta das 17h30 nos pavilhões A 23 e B 24 e os policiais do Choque só saíram da unidade cerca de três horas depois.  Fotos recebidas pelo Diário Digital, mostram como ficou a Unei depois da rebelião.

Descaso – Desde a fuga em massa de 26 internos da Unei Dom Bosco, no dia 16 de dezembro, quando os adolescentes simularam uma briga, renderam e agrediram um agente socioeducativo, servidores têm protestado, expondo a falta de condições de trabalho, segurança e estrutura do local.

Pente-fino e troca na direção – No início de janeiro, dia 8, Odair Marcelo Gomes Selles, pediu exoneração do cargo de diretor da Unei Dom Bosco. No dia seguinte (9), foi publicado em Diário Oficial a dispensa do diretor-adjunto na época, Ricardo Lopes de Lima, e houve um pente-fino na unidade. Policiais do Choque apreenderam celulares e armas artesanais. Desde a terça-feira (21), foi nomeado o novo diretor, Odenir Alves de Souza.

Reforço na segurança – Segundo Videira, a dificuldade na Unei não está no número de efetivo de agentes socioeducativos, apesar da solicitação dos servidores para que o quadro fosse ampliado.  Mas na mudança do “perfil” dos internos e a necessidade de adequação do Estado.

“Ali nós não temos apenas menores, nós temos muitos autores de crimes bárbaros que são maiores de idade e querem ganhar vantagem para manter a liberdade”.

Em uma colocação enfática, o Secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, afirmou que a segurança na unidade vai ser reforçada. “Vamos manter guardar armada, colocar concertina e cerca elétrica nas muralhas, sim. Nós não podemos tratar como se estivessem ali apenas anjos, nós temos ali criminosos, muitos maiores de idade e vamos ter que atuar com muita firmeza”, finalizou Antônio Carlos Videira.

 

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