60% dos assinatos no MS são contra negros

De acordo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, 60% dos assassinatos cometidos no Mato Grosso do Sul são de negros, de 659 homicídios 418 foram de negros. Em todo o Brasil o número de assassinatos no ano, foi de 49.524, os dados foram divulgados nessa quarta-feira (5).
A taxa de homicídio no Estado vem aumentando de acordo com os dados do Atlas de Violência, a cada 100 mil habitantes, registrou índice de 24,3. A taxa de homicídio praticada contra negros, com a mesma base de cálculo, ficou em 28,4.
Os dados mostram que do total de homicídios registrados em Mato Grosso do Sul (659), naquele ano, 418 foram contra negros e 237 contra não negros. Quatro dos casos não foram identificados.
O número de mulheres assassinadas, em 2017, foi de 61. Neste caso, as negras também foram as maiores vítimas, conforme o Atlas, sendo 33 no total, em contraponto a 28 de mulheres não negras.
No geral, o número de homicídios no Brasil, no período, foi de 65.602. Se comparado ao ano de 2016, houve um aumento, de 3.085 casos, pois o total anterior era de 62.517. Em Mato Grosso do Sul houve uma diminuição de casos de 2016 para 2017, sendo 671 no primeiro ano e 659 no segundo.
Ainda conforme o Atlas, em 2017, 75,5% das vítimas de homicídio no país eram pretas ou pardas. O Rio Grande do Norte está no topo do ranking, com 87 mortos a cada 100 mil habitantes negros, mais que o dobro da taxa nacional. Os cinco estados com maiores taxas de homicídios negros estão localizados na região Nordeste.
Em 2017, o Rio Grande do Norte apresentou a taxa mais alta, com 87,0 mortos a cada 100 mil habitantes negros, mais do que o dobro da taxa nacional, seguido por Ceará (75,6), Pernambuco (73,2), Sergipe (68,8) e Alagoas (67,9). O crescimento decenal da taxa de homicídio de negros em alguns estados foi substancial.
De 2007 a 2017, a desigualdade de raça/cor nas mortes violentas acentuou-se no Brasil. A taxa de negros vítimas de homicídio cresceu 33,1%, enquanto a de não negros apresentou um aumento de 3,3%.
Outra situação apontada no levantamento é que “homem jovem, solteiro, negro, com até sete anos de estudo e que esteja na rua nos meses mais quentes do ano entre 18h e 22h, tem sido o perfil dos indivíduos com mais probabilidade de morte violenta intencional no Brasil”.
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