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36% sofreram violência por serem mulheres

|
Redação
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Divulgado na tarde desta quarta-feira (13) o mapa da violência contra a mulher em Campo Grande apresentou números que impressionam. A pesquisa, realizada por amostra probabilística, apresenta margem de erro de 5% para mais ou para menos e nível de confiança de 95%. Durante os meses de julho e agosto de 2017 foram mais de 400 mulheres entrevistadas na região urbana e distritos da Capital do Estado.

Com o intuito de construir indicadores para entender a gravidade do problema da violência contra a mulher dentro de Campo Grande, a Subsecretaria de Políticas para a Mulher (SEMU) efetuou, em parceria com outras instituições, a primeira pesquisa municipal sobre o tema. Representando a realidade do Município as estatísticas dão orientações efetivas de locais que precisam de atenção e atendimento urgentes.

Escutando mulheres que foram ou não vítimas de violência, a pesquisa não se especificou a agressões, mas apresentou à vítima nove situações de violência que poderiam ter sido vivenciadas por elas em todas as fases da vida. Violências física, psicológica, sexual, moral, patrimonial, negligência e abandono, trabalho infantil, tortura e serviços forçados e exploração foram elencados, assim como as características da entrevistada, desta maneira foi criado um perfil da mulher que sofre violência em Campo Grande.

Mulheres da região do Anhanduízinho entre 30 e 59 anos são as maiores vítimas da crueldade na Capital. Agredidas pela primeira vez na infância e juventude elas foram vítimas de violência mais de uma vez na vida e geralmente são solteiras com renda própria e regular. Estatísticas apontaram que 36% das entrevistadas já sofreram violência por ser mulher, 54% delas já passou por alguma situação de violência e 60% conhece alguém que já sofreu violência.

Mostrando um retrato da sociedade neste período, a pesquisa não é definitiva e serve como um convite para mostrar à mulher o que é a violência e as quais ela pode estar sendo submetida. “Nós queremos conhecer nossas mulheres, as que vivem em Campo Grande, para podermos orientar as nossas políticas públicas por meio de dados/fatos reais” disse Carla Stephanini, Subsecretária de Políticas para a Mulher.

No Estado de Mato Grosso do Sul apenas em 2019 já foram registradas oito mortes por feminicídio, um desses assassinatos aconteceu em Campo Grande. Em breve o resultado desta pesquisa estará disponibilizado ao público no endereço eletrônico da Subsecretaria de Políticas para a Mulher e de forma física em todas as Secretarias do Estado.

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