Expogrande

"Casa do Cavalo Pantaneiro" perpetua a cultura do homem e do cavalo sul-mato-grossense

Cavalo Pantaneiro é um animal genuinamente brasileiro, Criado no Pantanal, a raça é resistente à umidade e aos tempos de seca

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Ian Netto
Durante a Expogrande 2024, mais de 100 animais serão expostos (Foto Luciano Muta)

Na última quarta-feira (10), foi inaugurada a Casa do Cavalo Pantaneiro no Parque Laucídio Coelho, local onde ocorre a Expogrande 2024. Fundada em 1987, a entidade é afiliada à Associação Brasileira, com sede em Poconé, no Mato Grosso.

Durante a Expogrande 2024, mais de 100 animais serão expostos, sendo uma parte destinada a leilões e outras provas de julgamento. Para Roberta Andrade, o espaço é uma oportunidade de divulgação da raça do cavalo pantaneiro, que é primordial na agricultura e bovinocultura do estado.

"Para o manejo desses animais, que são criados extensivamente, faz-se necessário o cavalo pantaneiro. Ele se encaixa perfeitamente para isso devido à rusticidade do animal", contou Roberta. "É bom que a gente valorize o que é nosso. A nossa cultura, a lida do homem sul-mato-grossense, tudo isso contribui para a nossa história, e a Casa do Cavalo Pantaneiro também pensa nisso", afirmou Roberta.

Roberta Andrade durante entrevista (Foto Luciano Muta)

O Cavalo Pantaneiro é um animal genuinamente brasileiro. Criado no Pantanal, a raça é resistente à umidade e aos tempos de seca, sendo fundamental na travessia de gados em período de cheia. Valdemir Alves, presidente da Associação dos Criadores Pantaneiros do Mato Grosso do Sul, explica as principais diferenças entre o cavalo pantaneiro e as demais raças.

Valdemir Alves, presidente da Associação dos Criadores Pantaneiros do Mato Grosso do Sul (Foto Luciano Muta)

"O grande diferencial do cavalo pantaneiro é a rusticidade, além de ser um cavalo que não precisa de suplementação. É um animal que foi selecionado no Pantanal, em um ambiente rústico, onde boa parte do tempo está debaixo d'água ou sem água até para beber", contou o presidente.

Além da lida com o gado e da ajuda na agricultura, o cavalo pantaneiro também tem sido inserido no mundo esportivo. Os animais estão presentes nas competições de laço comprido, três tambores e demais modalidades. Valdemir explica que ao longo dos anos será cada vez mais comum a presença dos equinos nas competições.

"A gente pode esperar que cada vez mais os nossos animais estejam presentes nas competições, até mesmo em outras modalidades onde não é comum. Nós já tivemos um cavalo pantaneiro que foi campeão nacional de rédea", relatou Valdemir.

A expectativa é que cada vez mais o equino pantaneiro ganhe o país. Para Ayrton Bacchi, membro do conselho fiscal da instituição, já é uma realidade ver o animal em outros estados. "Nós podemos garantir que o cavalo pantaneiro estará presente cada vez mais em outros estados. Ele já rompeu fronteiras, está presente no Paraguai, Bolívia e outros estados aqui do Brasil. Cada vez mais há procura e interesse pelo animal, principalmente em estados onde a agricultura e a bovinocultura são fortes, porque nosso animal nasceu para isso", contou Ayrton.

 Ayrton Bacchi, membro do conselho fiscal da instituição (Foto Luciano Muta)

 

 
 
 
 

 
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