Educação

Professores da Reme decidem seguir com greve até amanhã

Sindicato convocou outra Assembleia Geral na segunda-feira (12) para decidir próximos atos

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Victória de Oliveira
Professores se reuniram em Assembleia Geral nesta manhã (7) - (Foto: Reprodução/ACP)

Os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande decidiram, em Assembleia Geral realizada nesta quarta-feira, 07 de setembro, na sede do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), seguir com as atividades paralisadas até amanhã (8). A decisão ocorre após a Justiça determinar o fim da greve, com possibilidade de multa de R$ 50 mil diários, caso o movimento continue.

Conforme a ACP, as ações seguem na tarde desta quarta-feira, com novo ato em frente à prefeitura para cobrar que o Poder Executivo receba a comissão formada por vereadores e representantes da categoria. A reunião de hoje analisou a decisão do desembargador Sérgio Fernandes Martins e convocou nova assembleia na segunda-feira (12), para decidir as próximas ações da categoria na luta em defesa do Piso 20h da Reme.

Caso a prefeita não receba o sindicato e parlamentares, a agenda de greve prevê nova manifestação da categoria na sessão da Câmara, na manhã de quinta-feira e, à tarde, ações de panfletagem nas escolas municipais em razão da eleição de diretores da Reme.

Reajuste salarial - A paralisação das atividades na Rede Municipal de Ensino iniciou na última sexta-feira, quando professores realizaram passeata da sede do ACP, na rua Sete de Setembro, até à Prefeitura de Campo Grande. De acordo com o Sindicato, pela lei municipal 6.796/2022, sancionada em março, a correção deve ser de 10,39%. A Prefeitura afirma não conseguir cumprir o acordo por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla os gastos públicos.

Em nota divulgada na quarta-feira (30), o poder público afirmou: “A mesma lei que dá o aumento à categoria, impede que ele seja concedido neste momento. A Prefeitura, nos últimos meses, vem promovendo ajustes e mudanças na gestão para se adequar à lei e poder atender o pleito justo dos professores”.

No dia de início da greve, a Prefeitura acionou a Justiça contra o movimento. O desembargador Sérgio Fernandes Martins negou dois pedidos para suspender a greve e deu prazo de cinco dias, a contar de sexta-feira e com término ontem, para que o sindicato se manifestasse na ação.

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