Com passeata no Centro, professores entram em greve na Capital
Professores da Rede Municipal de Ensino pedem reajuste salarial de 10,39%


Clamando por reajuste salarial, professores da Rede Municipal de Ensino (REME) de Campo Grande (MS) paralisam as atividades em escolas municipais nesta sexta-feira, 02 de dezembro. A concentração dos manifestantes iniciou cedo em frente à sede da Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), na rua Sete de Setembro, e o ato segue até a Prefeitura de Campo Grande.
A opção pela greve foi decidida na última terça-feira, 29 de novembro, Assembleia Geral Extraordinária realizada pela ACP. Pela lei municipal 6.796/2022, sancionada em março, a correção deve ser de 10,39%, mas a prefeitura afirma não conseguir cumprir o acordo por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla os gastos públicos.
Hoje, os professores seguem até a Prefeitura, na Avenida Afonso Pena. Em nota divulgada nesta quarta-feira (30), o poder público afirmou: “A mesma lei que dá o aumento à categoria, impede que ele seja concedido neste momento. A Prefeitura, nos últimos meses, vem promovendo ajustes e mudanças na gestão para se adequar à lei e poder atender o pleito justo dos professores”.
Professores em passeata - (Vídeo: Thays Schneider)
A estimativa de término da greve é quando o acordo entre a Prefeitura e os professores pelo reajuste seja efetivado. O município oferece 4,78% em Dezembro, somado a R$ 400 de auxílio alimentação. Conforme a ACP, para seguir as normas e não inviabilizar judicialmente a greve, com início hoje, será renovada caso a Prefeitura não garanta os 10,39% de reajuste.
Em nota, a ACP afirmou que "os profissionais da educação pública estão desempenhando corretamente seu papel e não cabe à categoria responder pela falta de responsabilidade fiscal da prefeitura. O sindicato cobra que a prefeitura faça o que prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal e cumpra a Lei do Piso 20h. Portanto, a greve é o recurso legítimo que os professores e professoras da Reme utilizam para ter seus direitos respeitados e serem valorizados e reconhecidos pelo importante trabalho que desempenham na sociedade. O sindicato informa que todos os dias paralisados serão repostos, respeitando a autonomia e a gestão democrática das escolas".
*A equipe do Diário Digital aguarda posicionamento da Prefeitura quando à paralisação desta sexta-feira.
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