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Economia

Pesquisa prevê movimentação de R$ 250 milhões na Páscoa

Mesmo com queda na renda do consumidor, empresários do setor acreditam que vendas reajam em relação a 2020

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Redação
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Empresários do comércio acreditam que vendas do período de Páscoa de 2021 serão melhores que no ano anterior (Foto: Divulgação)

Mesmo com uma parcela significativa de consumidores informando redução de renda, a Páscoa neste ano deve movimentar um montante 88% maior na economia de Mato Grosso do Sul, conforme pesquisa do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul (IPF-MS) e Sebrae MS, injetando R$ 250 milhões na economia, sendo R$ 136,6 milhões em chocolates e R$ 119,27 milhões em comemorações.

 A escalada na intenção de compras se justifica por um conjunto de fatores que passa pelo fato de na Páscoa passada o atendimento presencial do comércio ter sido suspenso, devido ao início da pandemia e também à mudança comportamental das famílias. Um indicativo disso é que 77% disseram que pretendem comprar em lojas físicas.

“No ano passado, com as incertezas do início da pandemia e a suspensão do atendimento presencial, muitas pessoas não conseguiram sequer comprar os ovos, houve devolução dos produtos que são pegos em consignação e mesmo suspensão de fornecimento. Além disso, o comportamento das pessoas mudou, temos, por exemplo, aumento dos que vão presentear filhos (62%), além de sobrinhos e afilhados, uma forma de reforçar o vínculo afetivo e emocional mesmo com o distanciamento social e de agradar mais essas crianças e adolescentes que estão ansiosas e irritadas com o isolamento”, avalia a economia do IPF-MS, Daniela Dias.

De acordo com a pesquisa, o gasto médio com chocolates e ovos será de R$143,21 contra R$112,76 em 2020. Mais da metade dos consumidores, 56%, comprarão três ou mais chocolates/ovos.

Além disso, 71% disseram que vão às compras, contra 67% no ano passado. Em relação às comemorações a reação é mais significativa, 62% disseram que pretendem comemorar investindo, em média, R$146,88 ao passo em que no ano passado somente 24% iriam comemorar.

Quanto aos presenteados,  62% serão os filhos, 22% afilhados e sobrinhos, 27% presentearão os cônjuges e 12% a si mesmos. Sobre os principais atrativos, estão elencados: o desconto para pagamento à vista (68%), o parcelamento no cartão (41%) e 28% dos entrevistados mencionaram os aspectos variedade e biossegurança do estabelecimento. Quanto às comemorações, 86% o farão em família, preparando a alimentação; 51% pretendem consumir peixe.

“Em relação ao comportamento dos consumidores, com grande expectativa de compras em lojas físicas é importante que os empresários estejam atentos, principalmente nos dias que precedem a data, sobre como vai organizar as logísticas de biossegurança para esse consumidor e também para as pessoas que vão comemorar em casa, mais de 80%. O empresário deve se perguntar: quem vai preparar os alimentos, como vou comunicar e quais pratos especiais vou oferecer nesta data. Será importante também reforçar as redes sociais e apostar em linhas especiais, como zero lactose, fitness e orgânicos”, diz a economista do Sebrae MS, Vanessa Schmidt.

A pesquisa também mostra que os maiores gastos médios com chocolates serão em : Coxim (R$168,97), Ponta Porã (R$147,17) e Três Lagoas (R$146,60) e quanto às comemorações, ficarão nesta ordem: Coxim (R$221,76), Bonito (R$183,03) e Três Lagoas (R$157,76). As expectativas mais otimistas, de que o ano de 2021 será melhor que 2020  se concentraram em Corumbá e Dourados.

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