Economia

Para Longen, manutenção da Selic em 13,75% prejudica empresas

Para o líder industrial, a permanência da taxa de juros resultará em custos adicionais

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Redação
(Foto: Divulgação)

O presidente da Fiems, Sérgio Longen, foi enfático ao criticar a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira (21/06), de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde agosto de 2022. Para o líder industrial, a permanência da taxa de juros resultará em custos adicionais desnecessários ao país, dificultando ainda mais a manutenção e recuperação da atividade econômica nos próximos semestres, inibindo investimentos e reduzindo o potencial de crescimento.

“O que preocupa não é a decisão pura e simples do Copom, mas a situação das empresas, que não estão mais conseguindo pagar os juros nesses patamares, que se encontram muito acima do nível que é compreendido como neutro. Vemos um grande esforço nacional para conter a inflação, redução dos preços de combustíveis e de diversas matérias-primas, mas a taxa de juros permanece elevada”, afirmou Longen.  

Ainda de acordo com o presidente da Fiems, a manutenção da Selic faz com que as empresas acabem ficando inadimplentes. “É o mesmo que manter a pessoa que está se afogando embaixo da água, que é como está a maioria das empresas hoje, praticamente reféns da decisão técnica de meia dúzia de pessoas”, enfatizou.

Ele também ressaltou que a Selic se encontra muito acima daquele nível que é compreendido como neutro, ou seja, do patamar em que promove o controle da inflação, mas sem desestimular o crescimento da economia.

“Tanto é verdade, que a taxa de juros real, ou seja, descontando a inflação, segue muito próxima de inaceitáveis 10% ao ano. No momento, isso faz com que o Brasil tenha a maior taxa de juros reais do mundo. Por essa razão, entendemos que permanência da Selic no atual patamar é desnecessária para o controle da inflação, trazendo problemas adicionais à economia, com a elevação dos custos para o financiamento das atividades produtivas, restringindo a produção e o consumo”, finalizou
 

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