Pagamento do 13º salário injeta R$ 5,2 bilhões na economia de MS

O volume total estimado de recursos oriundos do 13º salário em circulação na economia sul-mato-grossense até dezembro de 2025 deverá atingir R$ 5.202.444.040. Desse montante, R$ 1,28 bilhão virá de aposentados e pensionistas, enquanto R$ 3,92 bilhões serão pagos a trabalhadores do mercado formal.

O valor representa um crescimento de 22,4% em relação ao ano anterior, incremento de R$ 953,5 milhões. Ainda assim, o DIEESE observa que nem toda a quantia entrará na economia entre novembro e dezembro, já que alguns grupos receberam antecipações no primeiro semestre.

Na participação do PIB, o 13º corresponde a 1,65% do PIB brasileiro, acima dos 1,58% registrados em 2024. Em relação ao PIB de Mato Grosso do Sul, há leve incremento: a participação passou para 2,5%, alta de 0,2 ponto percentual.

No total, 1.287.100 pessoas devem receber o benefício no estado — aumento de 6,2%, ou 75.654 beneficiários a mais do que no ano anterior. O mercado formal soma 893.441 trabalhadores, crescimento de 4,5%, o equivalente a 38.160 profissionais adicionais. Esse contingente representa 69,4% dos beneficiários estaduais.

Entre assalariados do setor público e privado, houve acréscimo líquido de 44.160 trabalhadores. A única queda relevante ocorreu entre os empregados domésticos com carteira, que passaram de 27 mil para 21 mil — redução de 6 mil postos e queda na participação de 2,2% para 1,6%.

Aposentados e pensionistas

No grupo dos beneficiários do INSS em Mato Grosso do Sul, estima-se que 30,06% do total de aposentados e pensionistas receberão o 13º na competência de 2025. O número de segurados do Regime Geral aumentou 10,5%, passando de 356.165 para 393.659 pessoas, acréscimo de 37.494 beneficiários.

A remuneração média desse grupo chegou a R$ 1.671,62, alta de R$ 90,40, o equivalente a 6%. Não foi possível estimar o número exato de aposentados e pensionistas do setor público estadual e municipal, mas o DIEESE projeta que aproximadamente metade do valor total do grupo corresponde a esse segmento.

O 13º na Economia Brasileira

Em todo o país, o pagamento do 13º salário deve movimentar R$ 369,4 bilhões até dezembro de 2025, valor equivalente a 2,9% do PIB nacional. A renda extra chegará a aproximadamente 95,3 milhões de brasileiros, com valor médio projetado de R$ 3.512.

Os dados foram obtidos a partir da Rais, Novo Caged, Pnad Contínua, informações da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional.

Dos beneficiários:

59,5 milhões (62,5%) são trabalhadores formais, incluindo 1,5 milhão de empregados domésticos.

34,8 milhões (36,6%) são aposentados e pensionistas do INSS.

Cerca de 915,5 mil pertencem ao regime próprio da União.

Estados e municípios também têm beneficiários, mas sem número consolidado disponível.

Distribuição dos recursos

Do total de R$ 369,4 bilhões:

R$ 260 bilhões (70,4%) irão para trabalhadores formais;

R$ 109,5 bilhões (29,6%) serão pagos a aposentados e pensionistas;

Apenas o INSS deverá liberar R$ 64,8 bilhões.

Por regiões:

Sudeste: 49,6%.

Sul: 17,3%.

Nordeste: 16,4%.

Centro-Oeste: 9%.

Norte: 5%.

O Distrito Federal terá o maior valor médio do 13º, com R$ 5.877, enquanto Maranhão e Piauí ficarão na ponta inferior, com valores próximos de R$ 2.400.

Setores da economia

Para os 58 milhões de assalariados formais dos setores público e privado (exceto domésticos), o total destinado ao 13º deverá alcançar R$ 257 bilhões. A distribuição setorial será:

Serviços (incluindo administração pública): 63%

Indústria: 17,4%.

Comércio: 13,2%.

Construção civil: 4,1%.

Agropecuária: 2,2%.

O valor médio para o setor formal será de R$ 4.431, sendo:

Serviços: R$ 4.983.

Indústria: R$ 4.616.

Agropecuária: R$ 2.987.