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Economia

Miserecas têm poder na região mais pobre da Capital

Crianças ajudam a sustentar a casa 'comprando' mantimentos e outros itens com moeda social

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Redação
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Padre Agenor e os alunos da escolinha exibindo as Miserecas (Foto: Marco Miatelo)

O pequeno Lucas Gabriel Benites só tem 12 anos, mas é ele quem leva grande parte do sustento da família para casa no Bairro Dom Antônio Barbosa, região mais pobre de Campo Grande (MS). "Eu sempre compro comida", diz. "Mas gosto de levar brinquedos também", entrega mostrando a bola recém-adquirida com o uso das Miserecas, uma moeda social cuja função vai muito além do consumismo.

A moeda que garante as 'compras' de Lucas circula no Projeto Escolinha Filhos da Misericórdia (daí o nome Miserecas), da Igreja Católica. A escolinha foi criada para atender famílias que, durante muitos anos, tiraram seu sustento no antigo lixão, mas que com o fechamento dele, tornaram-se catadores desempregados sem ter acesso ao básico para sobreviver. O projeto começou em 2013 fornecendo cestas básicas e promovendo atividades para as crianças no contraturno da escola.

Hoje, alimenta as famílias e ensina educação financeira na prática a cerca de 70 crianças com idade entre 6 e 12 anos usando as Miserecas. A escolinha recebe doações e, ao inves de fazer a distribuição direta, 'vende' os alimentos, roupas, calçados e briquedos para as crianças. Cada uma delas recebe mensalmente uma quantia em Miserecas que corresponde a R$ 1.045,00. A partir daí, elas têm automia para fazer as 'compras' nos dias de mercado.

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