Economia

Deputado chama de radicalismo IBAMA não debater uso sustentável do Rio Paraguai

Ao negar intervenções, órgão condena população de mais de 100 mil habitantes aos ostracismo, avalia parlamentar

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Redação
(Foto: Divulgação)

O deputado Estadual Paulo Duarte (PSB) defende a navegabilidade sustentável do Rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul. Durante discurso na Assembleia Legislativa, ele fez  considerações a respeito de nota técnica expedida pelo IBAMA sobre ações solicitadas pelo DNIT/MS, para escoamento da produção da região de Corumbá. O deputado esclareceu que “o aspecto ambiental é a pauta principal do século XXI. Temos de tratar sobre a essência dos problemas que estão acontecendo, que são os efeitos das mudanças climáticas, a redução drástica do volume de chuvas, desmatamento feito de forma ilegal e emissão de gases de efeito estufa”.

A bacia do Rio Paraguai tem uma extensão de 2.700 quilômetros, nasce no Mato Grosso e desemboca na província argentina de Corrientes, após se unir às águas do Rio Paraná. Ao longo do tempo, sedimentos foram sendo depositados no leito do rio, de forma natural e, em alguns pontos, estão prejudicando a navegabilidade. 

“Para nós, o Rio Paraguai é um modal essencial na logística da produção de minério em Corumbá. A hidrovia, quando usada de forma adequada é, efetivamente, mais limpa do que o transporte rodoviário. É necessário que sejam feitas intervenções em alguns poucos pontos críticos onde esses sedimentos estão impedindo a passagem das balsas”, argumenta. 

 (Foto: Luciana Nassar/ALEMS)

“Ocorre que o IBAMA, por meio de nota técnica, informou ao DNIT/MS que nenhuma ação pode ser realizada no Rio Paraguai”, denuncia o deputado.  “Quando o IBAMA radicaliza o assunto dessa forma, está condenando Corumbá e o Pantanal ao ostracismo sob o ponto de vista econômico”, expõe Duarte. 

Diante dessa situação, Paulo Duarte assinala ainda, que os trabalhos de recuperação do trecho Corumbá (MS)/Bauru (SP) demandam recursos da ordem de R$ 50 bilhões. “Portanto, nós temos como única saída a hidrovia, e há uma negativa do IBAMA de simplesmente discutir o tema. Qual é o problema de tratar especificamente de alguns pontos que estão degradados no Rio Paraguai”, questiona Duarte.

(Fonte: Assessoria de imprensa parlamentar)

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