Economia

Confira três formas inteligentes de usar o dinheiro do 13º salário

'Quem não tem dívidas, mas também não poupa, corre o risco de ficar vulnerável a imprevistos financeiros', diz especialista

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Redação
(Foto: Matthew Henry/Burst)

O fim de ano sempre chega com o acréscimo no recebimento dos trabalhadores registrados (CLT) devido ao pagamento do 13º salário, proporcionando um alívio nas finanças. Contudo, neste ano, até a forma de usar esse dinheiro precisa ser diferente.

Infelizmente muitos trabalhadores esperam esses valores para ser utilizado para quitar dívidas, em casos extremos, essa utilização pode ser uma exceção. No entanto, é fundamental ter um bom planejamento para tomar decisões conscientes sobre como usar esse dinheiro.

Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Profissionais de Educação Financeira (ABEFIN), alerta: “O 13º salário foi criado para ser uma gratificação de fim de ano, não uma forma de compensar erros financeiros ao longo do ano. O ideal é usá-lo para concretizar sonhos de curto, médio e longo prazo, mas, em casos extremos, pode ser necessário utilizá-lo para resolver dívidas.”

Também é importante lembrar que a chegada dessa renda extra coincide com o aumento dos gastos típicos de final de ano, como troca de presentes, ceia de Natal e viagens. Por isso, é necessário planejar não só as despesas de fim de ano, mas também considerar as obrigações financeiras previstas para o início de 2025, além de observar a vida financeira de forma geral, respeitando sempre o padrão de vida da família.

Em resumo, o momento exige mais cautela do que nunca, com a necessidade de uma análise cuidadosa e uma discussão em conjunto com a família. O 13º salário foi criado para ser uma gratificação de fim de ano, um tipo de "presente" para a população. Hoje, no entanto, muitos utilizam esse valor para pagar dívidas já contraídas ou até para iniciar novas, o que indica que essas pessoas gastam mais do que a sua renda permite.

Reinaldo Domingos é o fundador do DFlix, o primeiro streaming de educação financeira do Brasil (Foto: Divulgação)


 

1. Pagar dívidas

Embora o dinheiro extra não devesse ser utilizado para quitar dívidas, o correto seria planejar e ter compromissos financeiros que caibam no orçamento mensal, neste ano, é válido usar o 13º para ajudar nesse processo, mas com muita cautela. Antes de tomar qualquer atitude, é preciso entender o valor das dívidas, qual é o real fôlego para a negociação e buscar os credores.
 

Reinaldo Domingos faz uma ressalva importante: "Se você está em uma situação financeira difícil, o 13º pode ser usado para renegociar dívidas, mas, no geral, deve ser poupado ou investido. O ideal é que esse valor seja usado para planejar o futuro, não para resolver problemas do passado."
 

Muito cuidado com os acordos, pois, muitas vezes, as pessoas fecham compromissos que não conseguem honrar, o que pode complicar ainda mais a situação financeira. Em tempos como este, os credores estão mais maleáveis, o que pode abrir boas oportunidades para negociar. No entanto, reforço que o ideal seria usar o 13º para poupar, investir e realizá-lo de forma consciente, direcionando-o para a concretização de sonhos de curto prazo (até um ano), médio prazo (de um a dez anos) e longo prazo (acima de dez anos).
 

2. Fazer as compras de fim de ano

Muitas pessoas utilizam o 13º salário para as compras de final de ano, o que não é errado, especialmente para aliviar a pressão financeira nesse período. Contudo, isso precisa estar planejado com antecedência. Uma maneira eficaz de se organizar é destinar parte do orçamento mensal para as despesas de Natal e outras festividades. Dessa forma, o 13º pode ser inteiramente poupado e utilizado para outros objetivos de maior longo prazo.
 

3. Poupar e investir

Há pessoas que estão em uma "zona de conforto", ou seja, não possuem dívidas, mas também não fazem esforços para poupar. Para essas pessoas, é importante um alerta: é preciso agir com consciência, pois um passo em falso pode levar ao endividamento e até à inadimplência, principalmente por não ter uma reserva financeira.
 

Reinaldo Domingos aconselha: "Quem não tem dívidas, mas também não poupa, corre o risco de ficar vulnerável a imprevistos financeiros. É fundamental começar a guardar parte do 13º para criar uma reserva e proteger o futuro."
 

Cada pessoa é livre para usar o 13º salário como achar mais conveniente, mas, para aqueles que não têm dívidas, o ideal é reservar uma boa parte desse dinheiro para começar a formar a tão necessária reserva financeira e investir na realização de sonhos futuros.
 

Para os investidores, mesmo que iniciantes, a melhor opção ao receber o 13º salário é continuar investindo, sempre com um objetivo definido, seja qual for. O importante é que o uso do dinheiro extra seja feito com educação financeira, para que ele se torne uma ferramenta positiva para o futuro

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