Economia

Câmara de Dirigentes Lojistas repudia aumento da tarifa de ônibus

Entidade de classe pede que o Poder Legislativo fiscalize o contrato do Consórcio Guaicurus

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Redação
(Foto: Arquivo/DD)

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande divulgou nota na qual manifestou repúdio ao aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus, elevando o valor de R$ 4,75 para R$ 4,95. “Este reajuste de 4,21% está muito acima da inflação acumulada do ano anterior, que foi de 5,06%”, afirma a entidade.

A mesma nota pede que o Poder Legislativo fiscalize o contrato do Consórcio Guaicurus (que reúne as empresas de ônibus) e que a prefeitura busque alternativas para melhorar a prestação do serviço.

O novo reajuste entrou em vigor na sexta-feira, 24 de Janeiro. A Agência de Regulação dos Serviços Públicos, Agereg, informou, em portaria publicada no Diogrande, ter acatado cálculo do Conselho Municipal de  Regulação e Controle Social.

Além disso, a portaria menciona a existência da ação judicial em trâmite perante a 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos da Comarca de Campo Grande/MS, cujas as decisões determinaram o reajuste da tarifa do Sistema Municipal de Transporte Coletivo.

Porém, na avaliação da CDL-CG, a medida impacta diretamente trabalhadores e empregadores, que são forçados a destinar uma parte considerável de seus rendimentos para o transporte público, comprometendo ainda mais o sustento de suas famílias.

Atualmente, conforme a entidade, a média salarial em Campo Grande é de R$ 2.000, o que significa que o gasto mensal com transporte pode consumir até 12% dessa renda, considerando duas viagens diárias.

Veja abaixo a nota da CDL na íntegra:

Nota de repúdio ao aumento da tarifa do transporte público

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande vem a público manifestar seu repúdio ao aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus, elevando o valor de R$ 4,75 para R$ 4,95. Este reajuste de 4,21% está muito acima da inflação acumulada do ano anterior, que foi de 5,06%.

Esta medida impacta diretamente trabalhadores e empregadores da nossa Capital, que são forçados a destinar uma parte considerável de seus rendimentos para o transporte público, comprometendo ainda mais o sustento de suas famílias.

Atualmente, a média salarial em Campo Grande é de R$ 2.000, o que significa que o gasto mensal com transporte pode consumir até 12% dessa renda, considerando duas viagens diárias.

Os usuários já enfrentam condições deploráveis no transporte público da cidade. Em uma pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), 65% dos entrevistados classificaram o serviço como ruim ou péssimo.

Destacamos que o serviço de transporte coletivo está longe de oferecer a qualidade que a população merece, com ônibus frequentemente quebrados, superlotados, com goteiras e sujeira, parecendo verdadeiras carroças.

O reajuste na tarifa, sem que haja melhorias concretas no serviço, representa um golpe adicional à classe trabalhadora e à população em geral. É inaceitável que se aumente o valor da passagem sem a devida contrapartida em qualidade e eficiência.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande clama ao Legislativo Municipal uma forte fiscalização sobre o contrato e pede para que a Prefeitura de Campo Grande busque alternativas imediatas e eficazes para melhorar a prestação desse serviço, pensando no bem-estar da comunidade.

A CDL Campo Grande reforça a necessidade urgente de melhorias no transporte público da cidade. É imprescindível investir em ônibus novos, na manutenção adequada dos veículos e em condições dignas para os passageiros. Atualmente, a idade média da frota de ônibus é de 8 anos, e 30% dos veículos têm mais de 10 anos de uso.

Somente com essas ações de melhorias será possível garantir um transporte público de qualidade e acessível a todos.

Campo Grande, 24 de janeiro de 2025.

Adelaido Vila, presidente da CDL Campo Grande.

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