Quarentena

Quarentena - a espera que nos leva ao autoconhecimento

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ALINNI ZORZI

A grande dificuldade é viver um dia de cada vez sem certeza alguma quanto ao tempo que passaremos trancados nos fazendo e refazendo. A grande dificuldade é não pirar em meio a tantas notícias tristes. É não poder fazer planos, é ter que se guardar um pouco para se entregar lá na frente.

A espera é o mais difícil porque ela nos convida a desenvolvermos a nossa resiliência. Ser resiliente não é algo que acontece da noite para o dia. É um processo. Ser processo é difícil, queremos o resultado, o amanhã, o “pra já”. Atropelamos nossas próprias angústias sem tentar entendê-las, mastigamos nossas insatisfações e culpamos o mundo e a falta de oportunidade.

Mas será que acordaríamos para um monte de coisas que precisam ser revistas se não fôssemos obrigados a fazer uma pausa? Será que entenderíamos que a paciência edifica os muros da nossa sabedoria? Será que teríamos a capacidade de enxergar além?

Eu vejo a pausa como um convite, que não é nada fácil de aceitar, mas como um convite de autoconhecimento e resiliência. Uma pausa para realinharmos e lá na frente voltarmos com tudo. Diferente de tudo o que estávamos fazendo, mas de alguma forma mais especial e construtivo.

Podem me chamar de esperançosa, mas a esperança tem sido uma das únicas armas que ainda temos contra a ansiedade que invade e desestabiliza. Ter esperança é pegar nossos corações, abraçá-los e dizer: calma, tudo vai ficar bem.

Vai dar certo!

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