Nelsinho, Simone e Soraya: qual o melhor em 2022?, por Manoel Afonso
Eleitores inocentes de Bolsonaro acreditam que seus deputados e senadores joguem duro contra o Governo
AGUARDANDO: A principal missão dos parlamentares federais é levar verbas e benefícios para seus Estados. Certo? O resto é espuma. Dos 3 Senadores recebi apenas a prestação de contas de Nelsinho Trad em 2022. Trouxe mais de R$ 473 milhões para os 79 municípios. Muito ou Pouco? Não sei! Espero que Simone Tebet e Soraya Thronicke divulguem seus números ou balanço para oportunizar a avaliação e comparação. Certo?
ACORDA!!! Eleitores inocentes de Bolsonaro acreditam que seus deputados e senadores joguem duro contra o Governo, votando contra as matérias do Executivo. Santa ingenuidade! Os parlamentares, olham o próprio umbigo adotando o toma lá dá cá – indiferentes as dores de seus eleitores derrotados na eleição presidencial. Funciona assim com raras exceções.
DELCÍDIO: Esse mérito o ex-senador tem: o pioneiro na adoção das redes sociais para se conectar à opinião pública. Mas faltou-lhe bons conselheiros como no episódio em que atribuiu (na grande mídia em Brasília) ao senador Renan Calheiros a paternidade da nomeação de Nestor Cerveró para a Petrobras. Hoje, Delcídio está desidratado e Renan dando as cartas no Governo.
1-CENÁRIO: A posse de Riedel num ambiente de paz. O seu discurso foi linear sem referências irônicas e metáforas contra adversários, uma pratica comum nestas ocasiões. Equilibrado, soube se conduzir emocionalmente – todos presentes consultados tiveram essa impressão. A frase: “A eleição acabou. É hora da grande reconciliação da nossa gente” mostra seu espírito e estílo.
2-CENÁRIO: Volto no tempo. Em 1998 quando Pedro Pedrossian passou o Governo a Wilson Martins, o clima na cerimônia ficou pesado. Wilson se excedeu ao discursar deixando Pedrossian constrangido ali na presença de seus familiares. O ex-deputado Valdomiro Gonçalves lembrava da mágoa de Pedrossian com o episódio deselegante e rancoroso, inclusive pela idade de ambos.
DOURADOS: Lídera o rol de vice-governadores: Braz Melo, George Takimoto, Egon Krackekhe, Murilo Zauith (duas vezes) e José C. Barbosa. Maracaju: Ary Rigo, Três Lagoas: Ramez Tebet e Simone Tebet. Campo Grande: Rose Modesto, Coxim: Moacir Kohl. Corumbá ausente no MS – marcou presença no MT com Cassio L. de Barros: após Garcia Neto de 14/08/1978 a 14/11/1979.
OPINIÃO: “Maioria das áreas tem progresso inegável, mas da economia podem vir os desastres da nova gestão. Um governo solidamente petista que prioriza a governabilidade, com espaço reduzido para a frente ampla. Isso não é uma crítica, é uma descrição do que vemos. Ele se parece muito mais com um governo do PT do que com um governo de união de forças democráticas e da união civil…” (Joel P. da Fonseca – na Folha de São Paulo)
‘WHY NOT?’ Antes, a dificuldade da maioria em pronunciar o nome Riedel era um obstáculo a sua popularidade, além da imagem de técnico destoando dos políticos tradicionais. Também foi assim com Jaime Verruck, que vai se popularizando e seu nome assimilado apesar da sua postura técnica. Como os tempos são outros, é possível que Verruck possa repetir o recente feito de Riedel. “Why not?”
CORRUPÇÃO: Se os discursos resolverem ‘estamos feitos’. A concorrência na fala é enorme entre todos ‘companheiros’ evitando o tema corrupção. Tudo bem, Antônio Pallocci e Zé Dirceu ainda submersos, mas o mercado reage a cada afirmação duvidosa. Janeiro promete ser um mês de arrepiar. Como na montanha russa – segurem firmes!
ADEMAR SILVA JR: De Costa Rica a Selvíria, o único nome no Governo Riedel é de Aparecida do Tabuado: Veterinário, político (1º suplente de deputado estadual em 2002) esteve na Seprotur, Famassul e Anater (Brasília). Na Secretaria de Governo e Gestão Estratégica ‘Ademarzinho’, será valioso pelo seu perfil e intimidade com a realidade desta área.
LIDERANÇAS: Em 1962 Aparecida do Tabuado elegeu 2 deputados estaduais: Renê Barbour (PTB -reeleito em 1966) e o ex-prefeito João Chamas (PSD), cassado em 1964. Renê se elegeu 5 vezes deputado estadual e presidiu a AL-MT. Ainda em 1962 Paranaíba elegeu Ermírio Leal Garcia (UDN) deputado estadual. Bons tempos da região do Bolsão.
GRANDE CARLÃO: A postura do vereador Carlão na presidência da Câmara Municipal é compatível com sua estatura física. Seguro, agradável nas relações com a imprensa, colegas de parlamento e a sociedade, imprimiu seu estilo popular e eficiente. Portanto, não foi por acaso que sua recondução ao cargo ocorreu sem problemas. Uma nova liderança de Campo Grande.
BOQUINHAS: Após rejeitar, Roberto Requião criticou a oferta para o Conselho da Itaipu. Petistas torcem o nariz. Deputado Fabio Trad em alta com Lula, teria cargo no Ministério da Justiça. Paulo Bernardo (ex-Gleisi) se garantirá na ‘iluminada’ Itaipu. Humoristas festejam a volta de Dilma Roussef com suas ‘frases impagáveis’. Haverá mesas/cadeiras para todos nomeados?
RADAR: O ‘lendário’ Valdemar Costa Neto (aquele!) tenta contemporizar a situação de Bolsonaro que deixou seus eleitores a ver navios. Há um vácuo de liderança para se contrapor ao Governo do PT que abraça e premia políticos insatisfeitos com o ‘capitão fujão’. Enfim, Lula quer todo o rebanho no curral. Porteira grande, sal saboroso!
EFEITOS: Ganhador de loteria e político que chega ao poder tem algo em comum: ambos com o poder incrível de resgatar amigos, aqueles colegas de infância, ex-vizinhos e parentes em grau distante. Ao novo rico a saída é mais fácil – simplesmente viaja. Ao político resta o jogo de cintura – pedir o currículo do interessado para ‘aquela análise’.
NO INSTAGRAM: “Eu já to cancelada nas redes sociais e no meu Estado. Aliás, eu não me elejo nem pra síndica do meu prédio. Porque meu prédio são 20 andares, são 20 apartamentos – dos 20 só 3 eu acho que ainda conversam comigo. Não tem problema. Hoje no meu Estado não sou mais chamada nem pra jantar, nem pra batizado nem pra casamento, pra nada! Não tem problema se a gente tiver com a sensação de estar fazendo o que é certo para a história.” (Senadora Simone Tebet)
RISCA FACA: Pessoas do nosso convívio horrorizadas com o baixo nível das postagens nas redes sociais quando o assunto é política. A divisão entre ‘nós e eles’ continua acirrada e sem acenos de que irá amainar num futuro próximo. Esperava-se que com o clima natalino e de Ano Novo o clima ficasse mais leve, mas a posse de Lula funcionou como gasolina na fogueira.
LYGIA MARIA: “… ( ) Nunca um presidente fugiu do país só para não ceder a faixa ao próximo mandatário…( )) “Temos um novo presidente”, dirão. Mas o que aparenta ser atual chega defasado. Pelo menos a intenção para a política econômica demonstrada até agora é uma velha conhecida. O surrado aumento populista de gastos públicos, a estratégia arcaica dos “campeões nacionais”, a caduca oposição a privatizações…( )” ( na FSP)
‘THE NEW YORK TIMES’: “ Pelé, a quem Edson se referia muitas vezes na terceira pessoa, considerava, talvez com algum humor, que Deus lhe devia uma explicação sobre a razão de ter cabido a ele, ou a eles, o duplo destino de sustentar uma condição divina aos olhos do mundo sem deixar de sentir-se demasiado humano. Quem morreria ao morrer, perguntava-se ainda, já que nele coabitavam o semideus encarnado e a mais simples das criaturas? ”
PILULAS DIGITAIS:
“A vergonha está desaparecendo”. (Leandro Karnal)
O tipo mais diferente entre todos que subiram a rampa com o Lula era o Alckmin mesmo. ( na internet)
“Nenhum dos milionários “tetra” ou “penta” foi a sua despedida. Não fizeram falta. Pelé estava lá.” (Ruy Castro – na FSP)
“Pelé arrasta multidão antes de Edson ser sepultado”. (manchete da FSP)
“Shakespeare é o Pelé do teatro, Stradivari é o Pelé dos violinos, Nureyev é o Pelé do balé, Michael Jordan é o Pelé do basquete, como Federer é o Pelé do tênis e Ayrton Senna era o Pelé das pistas”. (Luiz Claudio Cunha – jornalista)
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